- Então, o Senhor alega que, por força da formação precoce do corpo da vítima, não teria como saber que a mesma ainda era menor quando do evento em questão? - Exatamente, Excelência. Veja bem: as moças de hoje se formam cedo e tem aquelas dancinhas que misturam tudo numa festa só. - Perdão, como assim dancinhas? - Essas do “creu” e coisa e tal. Fica tudo ali naquela mamelôncia, com uns micro-shortinhos... - O Senhor queria se direcionar ao objeto do processo, por favor. - Mas veja bem. Tem cada shortinho.... - Prosseguindo com as perguntas!!! Hrrrummm. Olhando agora, o Senhor não acha que os traços infantis do rosto denunciariam a pouca idade da vítima? - Até sim, mas estava escuro. - E o fato de o Senhor ter visto a vítima sendo deixada na festa por um senhor que visivelmente era seu pai? - Achei que era só um tiozinho tarado dando carona. - O consumo apenas de pirulito e de refrigerante pela vítima enquanto conversavam? - Típico das de uma dessas mulheres modernosas. - Suponho que o conteúdo simplório do diálogo e a infantilidade na postura da vítima também não serviram de indício da idade? - Convenhamos, Doutor. Tenho amigos menos inteligentes e maduros, apesar da idade avançada. - O Senhor poderia então justificar como não percebeu que a vítima trajava o uniforme de educação física do colégio e neste estava escrito até a série da vítima? - Mas num é que eu pensava que era uma festa à fantasia, Excelência...
Pouco tenho acompanhado a campanha política. Explico: a propaganda política televisiva, pois raramente estou em casa para assistir. Então, além de informações colhidas em jornal, só peguei leves trechos que passam em rádio.
E o que mais tem me chamado a atenção –para os fins pouco sérios deste site – é o conjunto de músicas de campanha. Não que eu espere algo digno de Grammy, mas pelo amor dos meus piolhos.
No geral, são grudentas para dizer o mínimo. Passei uma tarde inteira com um trecho da música da candidata de situação. Só consegui me livrar da música repetitiva ao coincidentemente ouvir a música do candidato que pede a vez dele para trabalhar. Novo grude.
Mas aí descobri a campeã. A melhor de todas. Insinua-se despretensiosamente, como um grito de guerra de torcida colegial. Anuncia o candidato e traz até o tradicional “olê, olê, olêêê”. Você subestima, crendo que deve ser uma música secundária. Não deve ser a música de campanha. Mas aí vem a conclusão. O arrebatamento é inevitável. O genial “É ELE!!”. Pronto, eis o campeão das musicas de campanha (até o momento).
E obrigado Fortaleza.
P.S.: Até tenho uma opção prévia por um candidato, mas dá uma vontade de anular o voto pela primeira vez na vida...