Admito que não esperava nada da Mauren ou da Falavigna. Sei que elas chegaram aos jogos com chances de medalha, mas minha ignorância e distância sobre os esportes delas me levavam a não guardar esperanças. Aquela velha idéia de “na hora, não vai rolar”. O que aconteceu com o Jadel, por exemplo. Felizmente, minha falta de esperança não me impediu de assistir e eu pude acompanhar suas merecidas conquistas de medalha.
Não diria que o Brasil teve um desempenho decepcionante, pois tenho dificuldade de fazer uma avaliação objetiva sobre o assunto. Afinal, em Sidney, foi pior ainda. Mas o fato é que eu saí decepcionado. Esperava mais do vôlei como um todo e do judô, ainda que eu reconheça que não foi por demérito dos atletas, mas por maior mérito dos adversários.
Mas foi uma olimpíada de estréias e inovações: primeira medalha individual feminina (conquistada no judô), primeira medalha de ouro no atletismo feminino, primeira medalha no taekwondo, a esperada e aguardada medalha de ouro no vôlei feminino, e o primeiro ouro olímpico da natação brasileira. Isto sem falar de algumas outras conquistas.
O fato é que não adianta esperar muito mais. Não no atual estilo de condução do esporte em nosso país. Completo amadorismo em geral. As medalhas virão só de alguns esforçados heróis ou em esportes que só a elite pode participar e acaba, às vezes, se destacando.
Mas a maior crítica vai ao esporte mais difundido, investido e profissionalizado: o futebol masculino. PqP, seleção. “Canário”, Dunga. O pior é que periga nem ter mais futebol nas olimpíadas. Aí seremos o País Penta sem título olímpico.
E aqui fecho meus posts sobre Olimpíadas. E vamos ver o que o mundo nos oferece de novo para falarmos. Tem uma tal campanha política rolando, mas isto não merece nada sério por este espaço. Então, se sugir algo digno da não-seriedade, a gente fala.