Na quarta-feira, visitei a Faculdade de Direito da Federal. Na verdade, fui fazer uma doação de livros. Um hábito que seria bom que todos nós, ex-alunos, tivessemos.
A Faculdade é a mesma. Lá está o Marcelo, o Jota, a Dona Neves, a vendedora secular da Livraria do Arlindo que eu não sei o nome. As placas de formatura. A minha – não pude deixar de notar – está se desgastando rapidamente pela exposição ao Sol durante a tarde. Paciência. Uma foto no celular da minha foto na placa, com destaque para a pioneira inclusão de um apelido após o nome. E mais uma constatação: caraca como a advocacia me engordou.
Placas de formatura são verdadeiras máquinas de tele-transporte da memória. Olhei algumas. É como olhar em uma penseira (vide Harry Potter). Encontrei amigos, colegas, professores e rostos de convívio passageiro. Alguns presentes em minha vida até hoje. Outros distantes e, não se pode negar, até esquecidos.
Mas a faculdade já não é tão a mesma e está em transformação. Obras. No prédio novo e ainda uma construção de um prédio para se instalar a administração. Ficará ao lado do prédio clássico e espero que não afete sua clássica figura.
Não só obras. Avanços já concluídos. A biblioteca está, em estrutura, equiparável às boas bibliotecas das particulares. O CA está com uns quatro computadores novos, cadeiras padronizadas e novinhas, novos quadro de informações. Só se mantém imponente o retrato do velho Clóvis e a grande mesa de madeira.
Só não há mais o velho Dão. Implicância boba, tirarem ele de lá. Um amigo (João Paulo) comia lá todos os dias e nunca passou mal. Era fã assumido. Eu também nunca tive problema com os lanches de lá.
Não sou de pedir retorno aos velhos tempos. Sou da filosofia de que o passado é bom como no presente está (by Giuliano). Mas nem por isso me nego a relembrar. Relembrar é bom, pois reforça do que somos feitos. E eu ainda voltarei à velha Salamanca como aluno do Mestrado. E finalmente vou dominar o CACB (momento Veras).