O FANTÁSTICO MUNDO DE CHUCK

4.11.05

Coluna do Devaneio – Viagem para improváveis leitores de fim-de-semana

Em um reino distante dos olhos, vivia o amor. Ele tinha justo motivo para se julgar o esquecido mais lembrado. Não havia música em que não estivesse presente. Seu nome era mencionado. Mesmo quando faltava seu nome, ele estava na inspiração.

Tinta para pena dos poetas, o amor sabia que era usado para justificar tudo. Uso tão amplo que justificava até a falta de amor. O que era o ódio? Um amor desmedido a tudo que o ser odiado não representa. A vingança? Puro ressentimento apaixonadamente alimentado.

O amor pairava. Estava no meio de todos aqueles que buscavam seu verdadeiro significado. Porém, para seu próprio sofrimento, inatingível.

Por vezes, o amor se esperançava. O sentimento maternal o clamava. O puro gostar infantil o empolgava. As juras de compromisso eterno, os casamentos sinceros, os amantes secretos. Tudo lhe atiçava. Até o homicida fervor religioso lhe lançava uma pervertida sedução.

Mas a humanidade não se contentava. Tocava o amor, mas não o aceitava. Continuava vivendo em sua imperfeição. Em sua incapacidade de aceitar. Viciada em proclamar descontentamentos por falta ou por excesso do que julgava como sendo o amor.

Na racionalidade escondida em sua apaixonada esperança, o amor sabia que o homem não se encontra, o homem não se contenta. O amor negava mais sabia que era simples demais para ser aceito pelo complexo homem. Ainda assim, continuava...

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