O FANTÁSTICO MUNDO DE CHUCK

10.5.05

Apesar de tudo, sorte

Sob vários aspectos da minha vida, considero-me uma pessoa de sorte. Digamos que o mais básico contínuo e necessário, eu tenho. E mesmo em coisas do dia a dia, não posso me considerar um azarado. (aliás, eu falo e escrevo a palavra azar, passo em baixo de escada e acho gato preto um bicho simpático).

Um indicativo da minha sorte era o fato de jamais ter sido assaltado desde que passei a morar no Rio. Era. Lembra o domingo em que fui trabalhar de terno? Pois bem. Na volta, parado em um sinal, chegou um sujeito batendo no vidro do passageiro.

Em princípio, pensei que o cara queria um trocado. Sei que não é muito certo, mas eu dou trocado. Só que eu não tinha. Fiz sinal indicando que estava sem nada. O cara insistiu batendo no vidro. Baixei um pouco, preparado para ouvir uma história triste. Bem, foi triste para mim.

“Aí, olha como é que eu tou...” e mostra o cabo do que parecia um revolver (e eu vou lá conferir se era?). “Passa tudo”. Nem penso em reagir e, pra ser bem honesto, nem fiquei nervoso (só depois). Peguei a carteira e perguntei se eu poderia tirar meus documentos. O cara disse. “Eu quero o dinheiro”. Tirei o dinheiro e o cara foi embora. Não era pouca grana, uns R$ 170,00. Mas ainda fiquei no lucro.

Meu celular não foi nem pedido. O carro ainda é meu. O som do carro ainda está lá. Os CDs também. Não vou me estressar cancelando cartões de crédito e tirando novos documentos. E estou vivo e ileso.

Ah, antes de ir embora, o meliante ameaçou: “Se voltar, eu sei a hora que tu morre”. Fiquei na dúvida se podia remarcar o horário para outro dia. Sei lá, algo para o próximo século.

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