Chega. Cansei desta vida de stress, de chefe, de prazos, de brigas com escreventes, de juizes malucos, de clientes chatos e que ainda demoram a pagar. Advocacia, falou.
Os leitores devem estar pensando que irei me aventurar pelos caminhos da carreira pública. Ser Juiz ou Promotor. Ou uma coisa mais adequada ao meu histórico de criatura corredora, assassina, teimosa e pentelha, qual seja, a carreira de Agente Federal que fica fuçando a vida dos outros agentes federais (está na moda).
Não. Não quero mais saber de nada que envolva, nem de relance, o curso que me graduou. Vou investir tudo na dança.
Calma, não tenham convulsões mentais por excesso de piadas a serem disparadas. Apesar de fazer dança de salão, não estou pensando em viver dançando. Pretendo ser proprietário de um canto que ensine os outros a dançar. Vou formar uma sociedade imbatível, Carlinhos de Jesus e Chuckinho de Satã.
O consagrado coreógrafo continuará cuidando da parte que envolve Samba, Bolero, Salsa, Forró, Sapateado, Soltinho, Tango e todos os outros ritmos clássicos. Eu vou coordenar a parte da academia que ensinará “A Dança do Tamanduá Africano”, “Dança da Vitória - by Chandler”, “Dança do Cachorrinho Cruzando”, “Dança dos Changemem” e a genérica e inventiva “It´s Mungango Time”.
Mateus, José Carlos, Gustavo e Gabriel, vocês querem ser professor?