Foda-se

Desde sexta, eu ando com um desejo terrível de ligar o foda-se (não gosto dessa expressão quando escrita, mas ela é adequada). Não um foda-se simplório do tipo “foda-se, não vou fazer isto hoje. Prefiro trabalhar no sábado”. Mas um foda-se geral. Do tipo: “Chega. Não vou mais fazer nada. Nem hoje e nem tão breve. Vou pra casa, fazer absolutamente nada. Aliás, vou pra praia. Está chovendo, mas foda-se.”

Pena que eu sei que o tentador foda-se produziria um efeito reflexo negativo e multiplicado. Não só por prejuízos objetivos como perda de projetos, de casos, de clientes, de emprego. Mas também por prejuízos subjetivos. Uma hora a responsável consciência voltaria ao comando da embarcação. Aí pareceria uma motoquinha chata dizendo: - Eu te disse. Eu te disse. E não daria para calar a matraca

Então, foda-se o foda-se. Vou continuar fazendo tudo o que faço. Tomara que a disposição e a racionalidade voltem logo.

Arte Marcial, Surf, Curso de Italiano

Estou querendo voltar a praticar alguma luta. Com base no passado, creio que é o tipo de esporte que me dou melhor e pelo qual mais me interesso. Preferência pelo velho Karatê, mas Jiu-Jitsu não está descartado. Só falta definir o lugar. Como pretendo me mudar, esta definição deve demorar.

Por outro lado, mais uma vez, vontade de aprender surf. Só que as praias legais para isto são tão longe.

Por fim, falar Italiano seria útil para a atualmente estagnada carreira acadêmica ou para a planejada carreira mafiosa.

P.S.:

Aos psicólogos de plantão, não digam o óbvio. Sei que estou cheio de pretensões que parecem uma tentativa de fuga da monotonia (que de monótona só tem o stress). Não digam que não dá para fazer tudo, pois é evidente. Mas são momentos de inquietude que fazem com que a gente não se acomode. Eles ajudam a conviver com o resto (a parte para a qual a gente gostaria de mandar um foda-se) No último momento de inquietude, acabei dançando, literalmente.

P.P.S.:

Não se grile. Ao terminar de escrever, já estava bem menos noiado e stressado do que quando comecei. Mas mantive o tom de desabafo.

Palavras de Giuliano "Chuck", às 21:11h.