Eu bebo sim, estou bebendo, mas depois do fim-de-semana, vou dar um tempo.
No sábado, almoço-jantar que o tio do Zanochi ofereceu em homenagem ao aniversário deste último. Lugar espetacular (uma mansão de três andares no Joá, área privilegiada daqui). Pessoas legais. Um litro e mais um pouco de whisky divido entre o Zé e eu.
Depois de um banho e troca de roupa, mais uma dose da envelhicida bebida na casa de um amigo daqui. Parte para um outro aniversário. Outro lugar excelente. Mais gente legal. Cerveja. Aquilo ainda era cerveja, apesar de ser Heiniken (que se dane como se escreve). E até uma dose de rum me fizeram beber dizendo que “está grosseiramente forte”. Eu não achei.
Fui para casa devidamente consciente, mas sem dirigir, pois o seguro morreu de velho. Acordo no domingo com todas aquelas promessas e frases típicas da ressaca. “Nunca mais eu bebo.” ou “Meu Deus, eu quero morrer.” ou “Que buraco é este no lugar do meu estômago?” ou “E esse gosto de piso de ônibus que não sai da minha boca” ou “ Estoura logo maldito tumor no cérebro. Não precisa esperar que eu mate meus inimigos e esteja com a cabeça no colo da Bruna Lombardi.”
Hoje, recuperado da ressaca e de todas as dúvidas que ela gera sobre o sentido da vida. Ainda assim, pretendo dar um intervalo na bebida. Gosto de me lembrar que não sou alcoólatra. Então, após o sábado do seminário do escritório, ficarei sem beber até a festa na casa dos barbosinhas, dia 23 de dezembro. E tenho dito.