Realmente, há algo de Chuck em mim (ou de altista).
Vez ou outra, eu pegava a tesoura da minha secretaria emprestada. Então, ela solicitou ao Departamento de Serviços Gerais que me mandasse uma tesoura. E eles me mandarão uma bem grandona, daquelas toda de metal.
Uma característica minha é que, como pessoa democrática, tenho mãos independentes. Enquanto, eu falo, elas sempre ficam brincando com alguma coisa. Torcer clipes era o mais freqüente. O grampeador é outro brinquedo legal, mas a esquerda grampeou a direita e eu tive que afastá-lo em pró da paz.
Agora, meu brinquedo é uma tesoura. O mais interessante é ver que o interlocutor (normalmente estagiário) fica tenso enquanto explico um caso, uma teoria, um procedimento e, ao mesmo tempo, destruo a tampinha da garrafa d’água, trucido um copo plástico, machuco minha mesa, brinco como seria se, ao invés de garras, o Wolverine tivesse tesouras...
Acho que vou devolver a tesoura. Está se tornando um brinquedo legal demais. Tenho medo do que essas assassinas que vivem nas extremidades dos meus braços possam fazer.