Eu realmente gostaria de escrever um texto falando da festa de um Maracanã lotado. Sem brigas, pois não havia torcida adversária. Só a comemoração exagerada, quase agressiva, pela conquista de um título. Não foi desta vez. O futebol resolveu ser emblemático: os pequenos clubes já conseguem atravessar o fosso que os separava dos grandes.
Mesmo para o mais leigo e desmemoriado torcedor, como é o meu caso, nota-se que já tem um tempo que times pequenos vêm dando sustos e ameaçando os grandes times nas mais relevantes competições nacionais. Não estou falando apenas de sagas antigas e heróicas (admito, ainda com nojo) como a do Ceará naquela Copa do Brasil. Também não estou falando de vitórias recentes e pontuais como algumas das conquistadas pelo Fortaleza no Brasileirão do ano passado (que não foram suficiente). Estou falando de um novo conceito. Os clubes tidos como pequenos e sem história já não estão excluídos de disputar e vencer campeonatos importantes.
São Caetano (vice em um Brasileirão e atual campeão paulista), Paysandu (Copa do Brasil), Figueirense e Ponte Preta (líder e vice-lide do Brasileirão, respectivamente). De outro lado, Flamengo, Vasco, Botafogo, Corinthians, Atlético Mineiro, todos estão nas últimas posições no Campeonato Brasileiro deste ano.
O Flamengo não entrou em campo. Não critico um único jogador. Não havia time. O Santo André também não jogou de forma genial. Mas aproveitou suas chances, não tremeu perante o Maracanã lotado e cumpriu seu papel de marcação.
Parabéns Santo André. Flamengo, fecha para balanço.
P.S.: Já havia perdido minha fama de pé-frio. Mas o Pedro e o Eugênio...