DEPOIS DA QUEDA O COICE.

O Fortaleza caiu. Acompanhei o jogo entre Fluminense e Juventude, apenas esperando para ouvir o andamento da partida contra a Ponte Preta. Frustrante. Ainda depositava esperanças em uma derrota do Paisandu. Mas, paciência.

Além da tristeza óbvia de torcedor, fica o lamento pela redução de representantes do Nordeste. Como torcedor, permito-me ser menos razão. Mas, puxando pelo racional, (apesar de o ódio corroer minhas veias), gostaria que Ceará e Fortaleza estivessem na primeira divisão. Se não os times do meu estado, pelos menos, um maior número de times da minha região.

Não é bairrismo. Não gostaria disso apenas porque sou nordestino. Há uma simpatia geral pelos times do Nordeste, mas nada de muito intenso. A questão é que a presença na primeira divisão poderia ser um meio de evoluir o profissionalismo do futebol em nossa região. O motivo é moral e, principalmente, pecuniário. Os patrocinadores de porte para investir e, com isto, exigir seriedade das diretorias preferem aparecer na primeira divisão.

O Fortaleza não teve competência para continuar, assim como o Ceará não teve competência para subir. Não digo que o Fortaleza cai de cabeça erguida, pois não gosto muito da expressão. De qualquer forma, talvez, ela seja adequada. No começo do campeonato, meu pessimismo fazia-me temer por uma chuva de surras, concluída por um rebaixamento indiscutível e humilhante. Não foi o que houve. O Fortaleza participou do campeonato de forma efetiva. Teve vitórias memoráveis e derrotas lamentáveis. Clubes de maior tradição passaram por situação parecida. Mas alguém tinha que cair.

Gostaria de acreditar que a diretoria do Fortaleza saberá utilizar o dinheiro arrecadado nas bilheterias deste ano para vencermos na segunda divisão. Por pessimismo e por ceticismo com relação aos dirigentes de futebol, não creio. Mas isto é o racional e pessimista que escreve.

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O torcedor se prepara para vencer mais um campeonato cearense. Aceita as brincadeiras da torcida adversária (que, na falta de alegrias, vive da desgraça alheia) sem ficar efetivamente puto (apesar de alguns “vai tomar no c...”) e faz ameaças, infundadas e esperançosas, de que vamos reinar na Segundona do próximo ano.

Futebol é isto. Ou melhor, torcer por futebol é isto.Vibrar com a vitória do time e frescar com a derrota dos rivais. Tenho dúvidas sobre o que é mais divertido, mas, racionalmente, prefiro a vitória.

E que venha o coice da égua da torcida do time do canal. Podem frescar. Nem escuto a zoada mutuca.

Palavras de Giuliano "Chuck", às 12:58h.