Na quarta-feira, tivemos a rodada dupla e final de uma competição de kart da qual eu e o Delano participamos. Foram um total de seis corridas, da qual eu participei de cinco. No total, conquistei as seguintes posições: 5, 5, 4, 8, 3. Éramos oito competidores. O Delano, por sorte (nunca caiu em um carro ruim), algum talento (admito) e falta de caráter (ele foi apelidado de Dick Vigarista) foi campeão. Eu fiquei em sexto.
Mas o que importa narrar foi o acidente em que me envolvi na penúltima corrida. No sorteio de carros, peguei um que simplesmente não tinha boa aceleração e não se segurava nas curvas. Parei e pedi um carro reserva. O mocinho falou: cuidado. Esse carro está correndo muito. E estava. O carro perfeito. Cheguei a acreditar que teria como recuperar as voltas tomadas.
Depois da curva mais fechada, uma seqüência de curvas em alta em que só a última pede um leve toque no freio. O cabo do freio quebrou. Tirei o pé do acelerador, mas meu tênis ficou preso em um haste de ferro e continuou pressionando o pedal. O carro não parava de acelerar e eu não parava de rir. Saí colidindo nas proteções de pneus. Atravessei duas e voltei para a pista, na reta principal. Fui direto destruir a minha terceira proteção. Parecia o Super Mario. O carro só parou, pois atrás dessa terceira, havia uma cerca.
Abandonei a corrida. Só arranhei o tornozelo. Tranqüilo. Se morresse (o que é difícil em um kart de 5.5 hp), morreria rindo.