“Excelentíssimos Desembargadores (arf, arf) da 18ª Câmara (pausa para respirar) Cí...(voz fraqueja) vel do Tribunal de Justiça do Estado (mais 'arf, arf') do Rio de Janeiro...”

Foi mais ou menos dessa forma que eu sustentei oralmente na manhã de ontem. Ofegante, respiração forçada, rosto avermelhado, suor explodindo. Motivo: pedi ao meu estagiário que chegasse antes e pedisse preferência do nosso julgamento. Ele me liga informando que o nosso recurso seria o sexto da lista de preferências. Como já estava no caminho e perto, sigo andando de forma calma. Ponho o pé no térreo do Tribunal, ele me liga dizendo que o nosso seria o primeiro e já estava havendo a leitura do relatório.

Subo cinco andares de forma desesperada (correndo é pouco). Nem deu tempo de tomar o fôlego. Direto para a sustentação.

Mas acho que esse negócio de falar sem ar deu certo. O Relator prestou muito mais atenção enquanto eu falava e tomava ar, balançando a cabeça em sinal de consentimento, do que na segunda parte do discurso, quando o ar já havia se estabilizado nos meus pulmões.

Palavras de Giuliano "Chuck", às 08:56h.