O título do filme não tem nenhum atrativo. Não é dos piores como a ser lançado: “O Monge á Prova de Balas”, mas é meio bobo. A critica elogiou, mas isto não significa muito, visto que ela é mais condescendente com o cinema nacional. Mesmo com aspectos que possam gerar suspeita, a verdade é que o segundo filme protaganizado por Lázaro Ramos (depois do polêmico e inquietante, Madame Satã) é muito bom.
O elenco possui um excelente conjunto. A exuberância/talento de Luana Piovanni, mais linda do que nunca e fazendo um papel de semi-santa, semi-interesseira. O toque de humor acrescido por Pedro Cardoso. O brilhantismo de Lázaro Ramos e Leandra Leal, interpretando personagens sem complexidade psicológica e, exatamente por isto, muito interessantes.
Mas o melhor do filme é o roteiro. De começo meio lento e arrastado, sem causar maior fixação na tela, ele vai evoluindo, cativando e envolvendo o telespectador. Não culmina com grandes lições de moral, ou com final bombástico, apesar de ser, de certa forma, surpreendente. Mas, no estilo “Prenda-se se for capaz”, diverte e marca a memória como um bom filme nacional.