Nada como lembrar o velho modo de dizer cearense (continuo e continuarei usando): - Peeense num filmezinho ruim? A única coisa que detona é a paciência.
O primeiro filme divertia. Bastava se inserir em um contexto de ação no estilo 007. O segundo filme pode ser definido como uma ilógica reunião de videoclipe. Não há história seqüenciada. Várias cenas de ação (nenhum melhor do que as do primeiro filme) misturadas e envolvendo personagens cuja presença é pouco explicada.
O que diabos o capacho do vilão do primeiro está fazendo no segundo? Sim, o lutador magrelo de cabelo lambido está de volta. Não pergunte como. Na verdade, não pergunte por quê, pois também não terá resposta. O pior. Você simplesmente não entenderá o que ele faz no filme. Se vilão, ou herói. Nem entenderá como ele se insere. E este é apenas o defeito mais agressivo. O filme é de todo péssimo.
A participação do Santoro é simplória. Melhor para ele. Um dos melhores atores de sua geração e, sem dúvida, o que ganhou maior projeção no cinema brasileiro recente (Bicho de Sete Cabeças, Abril Despedaçado, Carandiru), ele poderia se queimar se participasse mais. Ficou só no esquema: não fede, nem cheira bem.
As coisas boas, literalmente falando, são apenas as protagonistas e, em especial, a antagonista Demi Moore. Dentre o trio de Panteras, queria a Drew como namorada, a Luci como amante e a Cameron como gato véi de esquema. Mas as três juntas não batem a ex-Sra. Willys. O Kelson (That´s 70´s Show) se deu de muito bem.