O FANTÁSTICO MUNDO DE CHUCK

5.5.03

SIMPLES E IMPAGÁVEIS

Não estou querendo desprezar as situações que marcam a vida de forma ímpar. Alguns dos meus amigos deveriam ter passado por uma situação desse tipo enquanto enlouqueciam no ERED de São Luís exatamente neste último fim-de-semana, mas eles amarelaram. O que quero enaltecer neste texto é o prazer impagável que certas situações fornecem. Não são situações com ingredientes externos marcantes. Relatá-las para terceiros não renderia boas histórias.

Este tipo de situação imperou na minha última visita à Fortaleza. O reencontro com alguns amigos na casa do Eudes, por exemplo. Com orgulho e satisfação, posso dizer que tenho uma turma que reúne os maiores gênios do humor ainda não descobertos, desde os humoristas passivos ou vítimas aos que parecem respirar piadas. E naquele dia de reencontro, todos estávamos inspirados. Estar no meio desses caras, rindo das besteiras e falando as minhas besteiras sem me preocupar em ter de explicar depois (a maioria dos cariocas não têm o nosso tipo de senso de humor): não tem preço.

É legal rever pessoas que têm os mais variados pesos em sua vida, mas que, mesmo que elas não saibam, eu as considero amigas. E fico lisonjeado quando vejo essas pessoas aparecendo, algumas suportando doenças, só para me reencontrar. Deveria ficar envaidecido, mas não fico. A amizade não precisa ser alimentada pelo orgulho de ter amigos. Ela é o sentimento de afeto mais simples e, também por isto, o melhor.

A convivência com minha família na nossa casa de praia também é algo que muito me agradou, pois também os tenho como amigos. Nunca precisei ficar demonstrando que gosto de estar com meus pais, pois eles sabem que eu os amo. Mas o fato de estar morando fora e só, às vezes, fazia com que eu ficasse incomodado, como se tivesse que, de alguma forma, ostentar meu amor por eles. Preferi ignorar esta sensação e agir como agiria no convívio normal com todos. Acho que eles pensam que eu estava lá mais por obrigação. Não vou mentir e dizer que, muitas vezes, não gostaria de estar no meio da putaria, seja em Pipa, em Canoa, ou onde estivesse a(s) galera(s). Mas poder brincar com o lerdo do meu irmão, discutir, implicar ou conversar com a bocó da minha irmã, ficar de bobeira com meus pais, causa uma sensação de paz incrível.

A despedida no Assis da Picanha não foi menos agradável. As sempre intermináveis e hilárias conversas. Algumas pessoas que há séculos eu não via. Algumas ausências, todas perdoáveis, apesar da companheira dos meus dias, a saudade, ter ficado meio zangada.

Se eu não estivesse morando fora, estas situações seriam simples e agradáveis encontros. A diferença que faz é que, morando fora, percebi o quanto esta simplicidade é o que me dar vida.

O fato é que, mais uma vez, venho agradecer. Pelos sensacionais amigos que eu tenho. Pela família maravilhosa. Pela oportunidade de reencontrar algumas dessas pessoas.

Saibam todos que essa sólida distância não diminui nenhum pouco o afeto que tenho por todos e que podem contar comigo para qualquer coisa que precisem.

Beijos pras mina, abraços pros mano.

Giu ou Chuck.

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Mudando completamente de assunto. Ainda nem li o que falaram do Capítulo 1 de Contos Mediatos de 1º Grau Menor, mas, neste fim-de-semana, decidi que não estou com saco para continuar escrevendo isto. Pelo menos, não agora. Portanto, podem ficar aliviados.

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