O FANTÁSTICO MUNDO DE CHUCK

19.5.03

O MOSQUETEIRO CONQUISTOU A MULHER-GATO E TREMEU DIANTE DOS ÍNDIOS

Desde quinta-feira da semana passada, estou gripado. Fazia tempo que não sofria dessa mazela. Costumo gripar, ou ter crise alérgica, mas raramente tombo. Desta vez, eu quase sucumbi. Só digo quase, pois fui teimoso. O auge da minha teimosia foi ter ido para uma festa à fantasia na cidade de Petrópolis, sábado à noite.

Por puro esquecimento, não trouxe a minha fantasia de Pikatchu na minha última ida à Fortaleza. Sem o manto sagrado, consegui uma fantasia de mosqueteiro. A fantasia é legal, mas não tem o apelo à putaria que a de Pikatchu possui. Depois que eu revelar o filme, posto uma foto do Potus aqui.

Primeira decepção: a galera do ônibus estava morgada, “dando uma relaxada para arregaçar na parada”. Vão se lascar. Se pelo três dos meus amigos de Fortaleza estivessem nesse ônibus, a putaria estaria mais do que declarada e ninguém morgaria até o Sol está fervendo na nuca.

Vamos à festa. Lugar legal, mas aí veio a segunda decepção: muito homem. Mais homem que mulher. Mas nem por isto estava ruim. O quadro era do tipo beijou-soltou. Meu placar foi modesto para o local: três no total. A primeira eu fiquei enquanto ela esperava uma amiga dela que se atracava com o Elvis, um amigo meu. Não tenho a menor idéia de que ela estava vestida.

Encontrei uma mulher-gato que tinha visto no ônibus e, como ela era conhecida dos amigos do Elvis, puxei conversa. De repente, o batalhão de índios vem correndo e, dentre os grunidos, eu escuto “o mosqueteiro”. Rezei para que um bando de muriçocas estivesse atacando-os e eles estivessem precisando do outro tipo de mosqueteiro.

Imediatamente, o cacique (era o maior), me segura pelo braço. Não antes do meu sangue parar de circular, vem uma voz “é o vermelho, porra”. Ufa. Pensei em corrigir e explicar que a guarda do cardeal é quem usa vestimenta vermelha, mas achei prudente deixar que os selvagens seguissem com seu aparente ato de selvageria. Pelo menos, a situação serviu para quebrar um pouco gelo com a felina que disse ter ficado com peninha de mim. Morreu.

Estava meio morgado, por conta da gripe. Bebi pouco e me perdi várias vezes do pessoal. Sentei um bom pedaço contando os minutos para que o ônibus saísse, mas o tempo não passava. Voltei para a festa e encontrei o Elvis no meio de umas meninas, ficando com uma delas. Havia uma gatinha na roda dessas meninas, tentei sem esperança e rolou. Mas eu queria ter ficado mais tempo. Ficado mesmo: conhecendo, conversando, pegando telefone. Só que as mulheres é que estavam mandando e ditando o esquema: beijou-soltou. As amigas a levaram. Ela ainda mandou um “me espera” que nitidamente era despretensioso, ou melhor, mentiroso.

Tenho de confessar uma sensação que nunca tive nas farras. Já vi amigos meus tê-la., como o Wallace em uma micareta. Acho que a gripe me fez ter esta reação: fiquei incomodado com o esquema ficou-soltou. Sempre preferi um bom fica por toda a noite (ou mais tempo), mas nunca deixei de curtir os esquecíveis ficas- relâmpagos.

Tomara que esta gripe passe logo.

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A ida para a festa, em um local consideravelmente frio, e o fato de ter bebido deveriam piorar minha doença exponencialmente, certo? Errado. O ônibus parou no ponto de chegada. Estava tão disposto que resolvi ir caminhando os dez quarteirões que me separavam de casa. Parei na padaria, comprei bagulhos para o café-da-manhã e fiquei comendo até começar a corrida. Terminada a corrida, estava super disposto e resolvi emendar com o trabalho. A tela do computador tinha sonífero. Mal ela ligou, fui pra casa dormir. No começo da noite, acordei achando que estava com febre. Como bom morador solitário, não tenho termômetro e já me orgulho de dispor de tylenol. Tomei um por precaução. Hoje, estou trabalhando desde 07:30 e estou bem, obrigado. Santa Cerveja, mesmo que seja Primos.

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