De volta ao Rio de Janeiro. Desta vez, a bagagem não extraviou, mas a TAM continua tentando me convencer a não gostar mais dela. Na escala de Salvador, o piloto avisa: “Senhores Passageiros, informamos que a aeronave será reabastecida. Favor desliguem todos os equipamentos eletrônicos, inclusive, celulares. É proibido o uso de qualquer produto que produza faíscas, tais como fósforos, isqueiros, ou duas pedras”.
Pouco tempo depois, a comissária de bordo solicita que todos abandonem o avião. Não houve pânico e a saída foi tranqüila. Eu era provavelmente o único que estava associando essa debandada àquele abastecimento e estava só esperando pelo “papouco” e pelas chamas.
Mas não houve nada disto. Simplesmente, fomos tirados do avião, o qual foi ocupado por outros passageiros. Os do meu grupo, por sua vez, foram encaminhados para um vôo que saía depois. Ou seja, a escala virou uma conexão e o tempo total de viagem aumentou uma hora. Não nos apresentaram nenhuma explicação formal, mas tenho uma teoria: eles tinham um vôo programado de Salvador para o Rio às 09:00, mas a aeronave com capacidade para levar os passageiros apresentou problema. A outra aeronave disponível e que chegaria mais tarde (o “vôo B”), não poderia comportar todos os passageiros, mas a que estávamos poderia (o “vôo A”). Então eles nos tiraram do vôo A e nos puseram no vôo B.
Já no Rio fui direto para o escritório e posso dizer que tive uma tarde de trabalho infernal. Prazos de última hora, relatório urgente, reunião mais demorada que o previsto. Mas, depois de tudo resolvido e mantendo o ritmo de Fortaleza, uns chopinhos e uma noitada legal (detalhes para amigos serão apresentados posteriormente), mas não comprometedora. É que sou incapaz de sair no sábado, virar a noite e acordar cedo no domingo. Mas há uma campainha mental que faz com que, em manhãs de trabalho pós-noitadas, eu acorde cedo sem precisar de despertador.
Chega de papo inútil. Tenho algumas coisas para escrever sobre esta última viagem. Elas serão escritas ao longo do fim desta semana e de toda a próxima. Hoje, publicarei, com atraso, um texto para a coluna desenterrando. Amanhã, eu mando um para a boneco com cinema.
Por enquanto, só posso dizer que voltei ao mundo dos blogs. Originalmente, eu sempre rejeitei a possibilidade conhecer ou de contatar pessoas e amigos pela internet. Mas as circunstâncias me fizeram ingressar nesta realidade e posso dizer que ela é bem menos fria do que eu pensava. Não é o ideal, mas uma tremenda ajuda
PS.: Os cariocas não chiam muito. Ora falam com a boca mole e de forma mais arrastada, ora falam como se estivessem numa acalorada discussão e em tons que lembram uma montanha russa. Mas o chiado é meio exagerado por nós. De qualquer forma, fico feliz de não estar assimilando e preservar até o “ei, macho”, que no passado remoto eu não gostava.