O FANTÁSTICO MUNDO DE CHUCK

25.3.03

BONECO NO CINEMA – CHICAGO, AS HORAS E O OSCAR

Esqueci completamente que a cerimônia de premiação do Oscar era neste domingo. Exatamente no fim-de-semana que eu resolvi continuar minha peregrinação na busca pelos indicados. Vou proferir a minha opinião sobre cada filme assistido, já fazendo um paralelo sobre suas premiações e depois falarei sobe a cerimônia em si.

Chicago é bom. Sério. Eu efetivamente gostei e não é porque foi o vencedor. Particularmente, tenho uma certa tendência em dizer que preferi outro filme que não o vencedor, mas acho que a vitória de Chicago não foi injustificada. A história é meio vazia, mas o filme não tem as pretensões densas e complexas de As Horas ou o já comentado Adaptação. Não posso criticar, como a Veja fez, sobre as qualificações dançantes do Trio Chicago (Renne, Catherine e Richard), pois não entendo muito de dança. Na minha humilde visão, acho que Mr. Gere e Renne não foram mal nesse quesito e Catherine se destaca um pouco mais, apesar da silhueta um pouco avantajada, provavelmente pelo prennúncio da gravidez, mas sem comprometer sua inegável beleza, ainda que aos quarenta anos.

Já sobre atuação, a melhor foi a do Richard Gere. Nunca o achei um grande, nem um mal ator, mas neste filme ele está muito bm como um advogado canastrão. E senti inveja dele na cena em que ele é apresentado ao público.

Chicago tem a desvantagem e o desafio de ser um musical. Não é mais tão fácil apresentar ao público de hoje um musical como era antigamente, apesar de eu achar que A Noviça Rebelde ainda faz espetáculo, mas eu sou um pouco de antigamente. O fato é que muitos, como eu, têm uma certa impaciência com musicais.

Se você disser que não viu nada demais em Chicago eu não discordarei, mas o conjunto é bem equilibrado. Por isto não é absurda sua vitória, apesar de eu particularmente ficar na dúvida entre O Pianista e As Horas como meus vencedores.

As Horas é legal, mas bastante cansativo. O destaque inegável fica com as interpretações. Na disputa sobre quem, dentre o trio lesbo feminino é destaque, muitas opiniões já foram proferidas. A Veja, O Chefe e O Psiquiatra preferem a de Julianne Moore. Muitos outros preferem Nicole Kidmam. E a maioria diz que Meryl Streep é indiscutível e, por isto, deixada de escanteio, Pois eu tiraria esta última do escanteio e a colocaria como minha preferida. Pouco importa se ela já é consagrada e se o que ela fez não é uma revelação. Dentre as brilhantes atuações do filme, ela foi a minha preferida. De qualquer forma, foi injusto que Catherine e não Julianne Moore ganhassem o Oscar de coadjuvante. A Meryl mereceria por As Horas, mas não por Adaptação. Quanto ao premio principal para Nicole, não acho que ela tenha superado sua atuação em Os Outros, mas não deixou de ser merecido.

Sobre a cerimônia, como já disse antes, acho-a um circo, mas gosto de assistir nem que seja para falar mal de quase tudo, as piadas, a narração, a tradução, os vencedores. Mas, no meio de tanta coisa digna de mal comentários, há apresentações musicais que podem ser legais, e algumas comemorações que surpreendem. O destaque desse ano parece ter sido a comemoração de Adrien Brody. Com exceção de Nicolas Cage (muito bom e sua premiação também não seria injusta), não assisti aos filmes dos demais atores indicados, mas gostei da vitória dele. E, ao beijar Hally Berry e honrar Deus e Alá, ele adquiriu ainda mais o meu respeito.

Agora só falta assistir a Gangues de Nova York, mas está ficando difícil de assistir esse filme, pois ele já vinha sendo vazado dos cinemas e, após o fiasco no Oscar, não deve demorar para só me restar esperar pelo dvd.

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