Fiquei triste por “Cidade de Deus” não ter sido indicado ao Oscar. Concordo quando dizem que esse evento perde muito do seu brilho pelo fato de indicações e contemplações decorrerem, muitas vezes, da pressão exercida pelas grandes produtoras. Este tipo de politicagem não é incomum na maioria das disputas humanas que se fundamentem em análises subjetivas, mas isto não vem ao caso.
A questão é que, no geral, reconheço que gostei de vários filmes que ganharam, ou concorreram a Oscar. E acho que “Cidade de Deus” foi o filme brasileiro que eu achei que teria a maior chance de trazer uma estatueta do carequinha dourado e de braços cruzados.
Assisti ao “O Quatrilho” ainda no cinema. O filme é interessante, mas nada demais. Lembro que é até um pouco monótono, mas devo assisti-lo novamente para ver se tal sentimento se mantém.
Sobre “Central do Brasil”, tenho vergonha em dizer que ainda não o assisti, então não tecerei maiores comentários.
Agora “Cidade de Deus” é um filme excelente. O roteiro é muito bem elaborado. As atuações de todos do elenco são muito boas. As personagens são marcantes. O filme ainda tem o mérito de causar, com eficácia, emoções bastante dispares: seja sentimento de pena e consternação, seja algumas boas risadas.E, como o Gabriel recentemente pontuou, o filme representa uma inovação do cinema pátrio no que se refere á produção e filmagem.
Em suma, tinha fé na indicação e na vitória de Cidade de Deus. Agora só resta torcer pelo Caetano no quesito melhor música.