No ano passado, eu diria que essa idéia era no mínimo improvável, mas o fato é que não irei para o Morro Branco neste Carnaval, mas sim para Praia do Rosa, em Santa Catarina.
Sim, minhas queridas fãs dos Pikathcus. O Pikathcu Natural, conforme fiquei tachado pela lindinha alemã (Tina), não estará no Morro Branco este ano. E parece que minha ausência desmembrou os pikathcus clones. Mas não se preocupem, pois o movimento se espalha apenas para melhor atender às inúmeras fanáticas pela nossa pele amarelada.
Cumpre prestar alguns esclarecimentos sobre a lenda de Carnaval conhecida como Pikatchus. Este movimento surgiu originalmente no Carnaval de 2000, em Olinda, e contava com este que vos escreve, Tontoin (idealizador do movimento), Wallace, Gustavo e Fernando Veras. Sim, o assassino por meio de feijoadas, o moribundo imortal, o fanático por RPG, o Senhor Blaythman é um dos Pikatchus Fundadores.
O sucesso foi absoluto, tendo dois dos integrantes (Gustavo e eu) aparecido em rede nacional pela TV Record (queria o que? Pokeemon na Globo?).
Em paralelo a esse movimento, surgiu um ser que, em princípio, nos considerava ridículos, mas, depois passou a nos invejar e a nos odiar. Mas, como uma espécie de Golum, não conseguia ficar longe de nós. Esta figura macabra era “O Fugitivo”, digo, o João Paulo.
Em 2001, os Pikachtus sofreram seus primeiro racha e sua primeira clonagem. Esta, como primeira tentativa, não deu muito certo, pois resultou em um Pikathcu cor-de-rosa, encarnado pelo Mateus. O fato é que Gustavo e Mateus repetiram o ataque à Olinda, enquanto Wallace, Totoin e eu investimos no Morro Branco.
O poder exercido nas mortais do Morro Branco pelos Pikatchus (Thai e Chuck, pois Totoin era um homem casado e sumido) fascinou o novo reduto de bonequeiros no qual eles se integravam. E, na virada do ano de 2001 para 2002, um andarilho solitário vestido de Pikatchu em plena Pipa deu o impulso que faltava.
No Carnaval de 2002, o movimento chegou a seu glorioso momento atual. Seis novos Pikatchus surgiram: Rodrigo/Saulo, Marden, Marley, Lucas e Barata, aliados aos originais Thai (Wallace) e Chuck (advinha quem?)
Desde então, os Pikatchus estiveram em festas à fantasia, jogos de futebol, audiências judiciais e até velórios. Hoje, é uma força incontrolável e que (snif, snif) muito nos orgulha.
E neste ano eu conclamo os Pikatchus a agirem além do que podem. Não façam só pelas mulheres, não façam só pela bebida, não façam só pela palhaçada, não façam só por vocês, façam por todos os demais membros desse movimento que não estarão usando seus mantos sagrados. Eu mesmo serei um deles, pois a minha fantasia está em Fortaleza e não deu tempo de minha mão enviar (na verdade, ela não se empenhou, pois acha que deve preservar a minha imagem).
Mas cuidado, pois João Paulo estará por perto. Sempre torcendo para que nossos poderes falhem. Sempre torcendo para que a urucubaca impere.
Bom Carnaval, galera, e que a força esteja com vocês.