Um grupo de advogados, do qual eu me incluo, resolve aventurar-se na Cidade Maravilhosa em busca de estabelecimento onde pudessem fazer a guerra (leia-se: paquerar, ou, na forma cearense, queixar mulheres).
De repente, o carro onde os mesmos se encontravam passa por um voyage (é o novo?) onde há um grupo de quatro mulheres e um “arroz”. Atiçado por um certo advogado cearense, o dono do carro reduziu a velocidade e aquele meu conterrâneo inicia uma conversa de alto nível cultural com as moças do voyage. Algo do tipo: “Opa, tudo bem. Peraí, vão pra onde, pepetas?”
Julgando que as mulheres estavam aceitando a investida (na verdade, elas estavam rindo dele e não para ele), o ébrio colega pede para que o carro seja parado e desce para falar com as mulheres. De forma inesperada e para surpresa de nós que com o bravo guerreiro estávamos, a mulher sentada no banco da frente diz: “Vem cá, quero te mostrar uma coisa”
Esperançoso e confiante no seu taco, o indivíduo resolve aproximar-se. Ocorre que a coisa que a jovem dama tinha para monstrar era uma enorme cobra, literalmente falando, seus maldosos. O tipo de animal rastejante e que amedronta muita gente.
A reação do colega foi das mais “másculas”. Primeiro, saltou como um coelho e gritou mais fino do que a Têtê Spindola. Depois, voltou para o carro correndo como uma gazela e, ainda com a voz fina, disse: “Tu viu o tamanho da surucucu?”. Percebam que o colega foi capaz de distinguir a raça, mostrando sua habilidade no assunto.
Acredito que o grupo esquisito do voyage vai falar para sempre desse episódio. Não pretendo aqui escrever o nome do colega que protagonizou tal vexame. Com o tempo, os mais próximos saberão.