Hoje, estou sem ter o que escrever. Não aconteceu nada digno de nota ou comentário. A música que está na minha cabeça é uma da Adriana Calcanho (“...não há nada que ponha tudo em seu lugar, o seu lugar está aqui...”) e isto porque eu vi um cartaz de um show dela que foi no fim-de-semana passado.
De resto, não há interesse em se contar que, ontem, quando eu seguia meu próprio conselho e recitava o poema anterior como se estivesse chorando, a moça da faxina estava me olhando de forma bem desconfiada, esperando para pedir licença para tirar o lixo. Mordi a lingua e, bem sério, disse que ela podia recolher o lixo. E depois que ela saiu, fiquei rindo só e resolvi recitar o choroso poema de novo. Então, um outro advogado entrou, não entendeu nada. Eu fiquei rindo e só consegui dizer que não era nada.
Não tenho porque relatar que, ainda, ontem peguei a maior chuva no caminho entre o escritório e o estacionamento. Menor razão há para dizer que, hoje, eu só não iria me molhar, pois, além da chuva fraca, encontrei uma estagiária que insistiu que eu a acompanhasse no seu guarda-chuva. Mas Deus, com seu senso de humor peculiar, resolveu me molhar de qualquer forma. Um taxi rápido. Uma poça. Calças e sapatos bem encharcados.
Por fim, devo ressaltar que estou sem tempo para escrever. Queria ter acordado mais cedo para fazer um monte de coisa, mas a preguiça reinou e eu só consegui chegar às 08:30. De qualquer forma, uma poesia para lembrar o tempo em que eu conheci a Keyla, o Daniel, o Rodrigo-Fortunato, além de outros bons velhos amigos de colégio:
“Minha terra tem palmeiras onde canta o sabiá
SenoA CosenoB Seno B Coseno A”