O FANTÁSTICO MUNDO DE CHUCK

22.10.02

Show do Red Hot – Programa de Índio (?) – Fato inusitado

Dia 10 de outubro de 2002. Desde quando soube que vinha para o Rio, tencionava voltar à Fortaleza no fim-de-semana do dia 11 ao dia 13 de outubro. As razões disto eram várias: (a) saudades (isto é outro assunto); (b) formatura de vários amigos do Direito UFC (obrigado pelo convite); (c) Ceará Music; (d) reunião da “galera do carnaval”, com destaque para a volta, temporária, de Marden e minha posse como membro do Esquadrão Força Máxima; (e) churrascos com a galera na casa do Eudes e da Fabiola; (f) beber com gente que realmente sabe fazer isto; etc.

Mas, ao conferir minhas milhas, passei meia hora me espancando por não ter me ligado nesses programas das companhias aéreas antes. Paralelo a isto, o CDL e o PSM (chefe e coordenador) me passaram um trabalho bem interessante e extenso. Sendo assim, meu sábado estava ocupado e viagem descartada.

Voltei meu foco para o show do Red Hot. Na última reunião, Lig (sócio de capital) e a Paula (advogada junior, como eu) haviam comentando que iriam para o show. Em conversa com a Paula, esta me confirmou que ia com uns amigos e me ofereceu carona, desde que eu saísse cedo do escritório.

Para variar, ainda que fosse sexta-feira, eu não consegui sair cedo o suficiente. Por sua vez, a Paula perdeu sua carona e iria com o Lig. Fiz os cálculos e vi que o carro dele estava cheio, então não pedi carona.

Fui para casa. Tudo apontava para não ir para o show. Os meios: metrô até Copacabana, de lá pegar o 175 (o da música do Gabriel Pensador), descer na Barra pegar outro busão (não sei qual) para o ATL.

Cumpre abrir um parênteses para dizer que sempre odiei andar de ônibus. Quando não tinha carro e tinha tempo, percorria altas distâncias à pé. Como o ATL é muito longe e eu estou no RIO, a pé, ou de ônibus foram descartados. Restava ainda taxi, mas era uma bela facada.

Além disto, tinha o risco de ser um programa de índio. A Paula é legal, mas bem reservada. O Lig é gente boa, mas mais velho e estava levando seus filhos de doze e dez anos. Para piorar, era provável que eu nem os encontrasse. O que se tornou quase certo quando não consegui contatá-los pelo celular (depois descobri que tinha anotado o da Paula errado. O do Lig, eu simplesmente não tinha).

Só que eu não queria ficar em casa e queria dizer que fui para o show dos caras. Então, metrô até Copacabana e taxi (deu R$ 30,00).

Chegando lá, ainda cedo, fiquei enrolando no shopping que o ATL é anexo. Então, entrei (paguei R$ 80,00 pelo ingresso que antes estava sendo vendido por R$ 90,00) e fui procurar o Lig e a Paula. Esta ainda me ligou dizendo que eles estavam chegando, mas acabei não os encontrando.

A cerveja lá dentro era Santa Cerva e custava R$ 4,00. Isto aliado ao fato de eu estar só fez com que eu praticamente não bebesse (só umas quatro latinhas. Antes do show, tocou uma banda local interessante. Realmente não gravei o nome, mas o visual lembrava o Link Park e o estilo o do Charlie Brown.

Com dez minutos de atraso, Red Hot começa. O baterista entra primeiro, de forma discreta, caminhando calmamente. Depois vem o guitarrista, também sem fazer maior auê. Daí vem o cara do baixo, sempre descamisado, passa correndo deixa de pegar o baixo que o cara de apoio levantava para ele pegar e se joga no chão. Primeiros acordes de “By the way”, aparece o vocalista e os caras começam a detonar.

Devo conhecer só 30% das músicas que tocaram no show. Com certeza, Gabriel e Germano teriam curtido bem mais do que eu. Mas, ainda assim, o show foi perfeito, muito massa, do c. mesmo. Valeu o gasto.

Intencionalmente, deixei de comentar um aspecto interessante. Não fiquei o show só. Ainda na fila de entrada, havia uma turma de três meninas (uma linda, uma bonitinha e uma razoável) conversando na minha frente. Resolvi então empregar uma estratégia inovadora para tentar puxar conversa. Algo totalmente inusitado, surpreendente, ousado e agressivo: fui lá falar com elas.

E não é que elas (i) não riram de mim; (ii) não começaram a gritar: “Olha só o mané, vindo falar com a gente”; (iii) não saíram correndo; (iv) não enfiaram o dedo no meu olho, arranharam meu pescoço, socaram meu estômago, chutaram meus ovos, nem pularam em cima do meu fígado (esta terceira era a hipótese que eu tinha certeza que iria acontecer).

Não, elas conversaram. De forma educada, atenciosa e, me arrisco a dizer, interessada. A única que não falava muito era a “linda”, mas a bonitinha era a mais legal.

Felizmente, elas não viram quando, na entrada, o segurança perguntou minha idade. PQP, o show tinha censura de quatorze anos. Tudo bem que, na hora, o segurança do lado perguntou para o colega dele se ele tinha bebido por me perguntar aquilo. Mas, poxa, eu não tenho como passar por menor de quatorze anos.

Voltando às meninas. Não fiquei. Mas a bonitinha me deu o telefone e não era o número errado. Já saí com ela (e outras amigas e amigos dela – a escolta). Programa bem maduro: fomos assistir Scooby do. Mas, de novo, não fiquei. Vai ver porque sou frouxo, ou porque só estou fazendo novas amizades.

P.S.: quanto ao extenso trabalho, fiz o mesmo na segunda, dia 14 de outubro, bem cedo tipo umas 04:00 da madrugada

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